Empresa de Suzano colhe frutos de ações do programa Paex e apresenta case de sucesso no CIESP Alto Tietê

O momento atual, com a indústria enfrentando um momento de crise, não poderia ser mais propício para a discussão do tema proatividade e para a apresentação de exemplos práticos de como um modelo de gestão proativo pode ajudar uma empresa a crescer com rentabilidade. Foi exatamente isso que ocorreu no auditório do CIESP Alto Tietê nesta quarta-feira (28), quando a entidade recebeu representantes do Programa Parceiros para a Excelência (Paex) para um diálogo com empresários da Região sobre o assunto.

“Como bons latinos, seguimos a cultura reativa, ou seja, esperamos o problema acontecer e depois corremos atrás. Diferente da cultura europeia, por exemplo, que é a da proatividade, aquela em que a indústria se prepara e sabe exatamente aonde quer chegar. É disso que estamos falando e que pode, num momento difícil como o atual, mostrar caminhos para que a indústria nacional possa sobreviver. O objetivo do Ciesp, ao trazer essa discussão para o Alto Tietê, é proporcionar conhecimento aos empresários e apresentar exemplos práticos de como o Paex pode ajudar”, ressalta Werner Stripecke, diretor do Ciesp Alto Tietê.

O Paex, que tem à frente a Fundação Dom Cabral (escola de gestão), atende a mais de 600 empresas no Brasil e, no Alto Tietê, é desenvolvido em parceria pelo Ciesp e a Effectio. Na Região, não só indústrias, mas também empresas do segmento de construção civil e assistência médica, participam do Paex e já colhem resultados positivos.

Uma delas é a Emibra Indústria e Comércio de Embalagens, empresa de Suzano que atua no mercado há 40 anos e emprega cerca de 300 colaboradores. Em 2013, a indústria do segmento gráfico fechou o ano com a marca de 670 milhões de embalagens produzidas e hoje, na definição do seu diretor comercial, Danilo Braghiroli, a Emibra é uma empresa saudável e rentável, mesmo diante de todo o cenário adverso do setor industrial.

As principais mudanças na Emibra começaram em 2008, quando ela passou a contar com uma gestão corporativa. Mas as alterações mais emblemáticas vieram em 2011, quando os herdeiros assumiram o comando da empresa e fecharam uma parceria com o Paex para alcançar a meta de ser uma das gráficas mais rentáveis no seu negócio e ser referência em qualidade e confiabilidade.

“A principal mudança que tivemos a partir do Paex foi ter uma visão de futuro. A Emibra sempre foi revolucionária e sempre quis estar à frente, mas foi o Paex que organizou as nossas ideias e deu a diretriz que buscávamos desde 2008, com a governança corporativa. Hoje a nossa visão de onde a Emibra quer chegar é muito mais clara e a nossa empresa já é uma referência no mercado gráfico de embalagens”, destaca Braghiroli.

Segundo o empresário, com as dificuldades de mercado que têm achatado a indústria, a proatividade permite agregar valor à cadeia e a sair da mesmice. No caso da Emibra, um dos exemplos da sua proatividade está no atendimento pós-venda, que se tornou um diferencial no segmento e permitiu que a empresa conquistasse a confiabilidade dos seus clientes.

“Essa parceria com o Paex vem levando a Emibra a novos patamares na forma de organização, de visão futura, de entender onde queremos chegar. Também permitiu que a Emibra fosse mais conhecida nacional e internacionalmente”, enfatiza o diretor comercial ao acrescentar a meta para 2015: “A manutenção da rentabilidade que alcançamos”.

O professor da Fundação Dom Cabral, Leonardo Araújo, que é economista e especialista em Estratégias Proativas de Mercado, Marketing e Inovação, esclarece que a marca da proatividade é a capacidade de antecipar a mudança no mercado ou, então, de agir a partir dos primeiros sinais, de forma a conquistar um crescimento sustentável a partir de estratégias que muitas vezes são de longo prazo.

“A proposta de encontros como esse, no Ciesp Alto Tietê, é a de ajudar as empresas a olhar para o futuro de uma forma mais inovadora e não de uma forma conservadora, na qual o futuro diz para onde vou. Não, você constrói o futuro hoje e para onde quer ir. Esse é o DNA da empresa proativa”, destaca Araújo.

Na apresentação aos empresários do Alto Tietê, o professor abordou as capacidades que habilitam uma empresa a ser proativa e como o Paex ajuda a construção de uma estratégia proativa de mercado.

No caso das competências, um questionário foi entregue aos participantes para o diagnóstico de proatividade nas suas empresas. Os questionamentos avaliam oito capacidades: de liderar de forma proativa; de identificar e desenvolver pessoas proativas; lidar com o risco; lidar com o erro; capacidade de inovar; de atuar de forma flexível; de visualizar realidades futuras; e de gerenciar a pressão do curto prazo.

A apresentação completa do professor Leonardo Araújo está disponível no Ciesp Alto Tietê.

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